terça-feira, 7 de outubro de 2008

ÁRVORE ADENTRO

Cresceu em minha fronte uma árvore.
Cresceu para dentro.
Suas raízes são veias,
nervos suas ramas,
Sua confusa folhagem pensamentos.
Teus olhares a acendem
e seus frutos de sombras
são laranjas de sangue,
são granadas de luz.
.........................Amanhece
na noite do corpo.
Ali dentro, em minha fronte,
a árvore fala.
.................Aproxima-te. Ouves?

Octavio Paz
Por Antônio Moura

3 comentários:

Anônimo disse...

Cada dia fica melhor esse blog. Adorooooo, percebeu que estou virando fã. aproveitando a oportunidade, segue um poema. bjss

Poema LXVI

Não te quero senão porque te quero
e de querer-te a não querer-te chego
e de esperar-te quando não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.

Te quero só porque a ti te quero,
te odeio sem fim, e odiando-te te rogo,
e a medida de meu amor viageiro
é não ver-te e amar-te como um cego.

Talvez consumirá a luz de janeiro,
seu raio cruel, meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego.

Nesta história só eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.

(Retirado de: Cem sonetos de amor)

Anônimo disse...

não sou anônimoooooo meu nome é Edson.rsssss

Thai disse...

Olá, Edson!
Fico feliz que esteja gostando do blog.
Gosto muito do Pablo Neruda.
Obrigada pela visita e pelo comentário-contribuição.
Beijos!