sexta-feira, 3 de outubro de 2008

DEPOIS DUM SONHO

Não deixaste o deserto mas

árvores na casa Em sonho és

o sedutor arbusto reflectindo

para sempre o meio-dia O sol

porém desfaz-se quando as pálpebras

num ardor se entreabrem e te ocultas

nos ângulos do quarto Ausente

és pois o centro

feroz da minha vida transitas

como serpente fria no ventre

contraído escondes-te na

floresta que sem cessar se expande

onde dormíamos E erras

nos limites duma casa

destruída por raízes


Por Gastão Cruz

Um comentário:

Norival Leme Jr disse...

Interessante a cisão de versos desse cara, vou ler com mais calma.

Cult esse blog hein?...rs

Beijos.