sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Minha vida não é essa hora abrupta...
Minha vida não é essa hora abrupta
Em que me vês precipitado.
Sou uma árvore ante meu cenário;
Não sou senão uma de minhas bocas:
Essa, dentre tantas, que será a primeira a fechar-se.
Sou o intervalo entre as duas notas
Que a muito custo se afinam,
Porque a da morte quer ser mais alta...
Mas ambas, vibrando na obscura pausa,
Reconciliaram-se.
E é lindo o cântico.
Por Rainer Maria Rilke, em 'Alguns poemas e cartas a um jovem poeta'
Em que me vês precipitado.
Sou uma árvore ante meu cenário;
Não sou senão uma de minhas bocas:
Essa, dentre tantas, que será a primeira a fechar-se.
Sou o intervalo entre as duas notas
Que a muito custo se afinam,
Porque a da morte quer ser mais alta...
Mas ambas, vibrando na obscura pausa,
Reconciliaram-se.
E é lindo o cântico.
Por Rainer Maria Rilke, em 'Alguns poemas e cartas a um jovem poeta'
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