quinta-feira, 10 de julho de 2008

Anjo da Ilusão

Mais vale um sentimento verdadeiro
perdido em sua luxúria e vaidade
do que acaso fingir ser derradeiro
esse poço, essa concretude, essa unidade.

Tempo de viver com urgência
consumir e deixar-se consumir
contrariar toda malevolência
chorar para poder depois sorrir.

Livros em branco, ausência de ardor
flores inermes, total dissabor
músicas surdas, exasperado ganido.

A espera não resistiu a rapidez
do furor restou apenas languidez
da partitura, um coração sustenido.

Pelo meu amigo-poeta,
Gabriel Conte Quiliconi

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