segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Por vezes, não raro...
Por vezes, não raro,
basta um gesto, sua borracha,
um quase nada de alvaiade,
um rasgo e só.
No entanto, o carvão
de certas palavras,
de alguns nomes,
não se apaga fácil.
Afogá-lo, inútil:
o maralto traz
de volta cada sílaba
em sal fortalecida.
Enterrá-lo? Logo renascerá:
árvore alta, trigo, praga.
No fogo, irrompe a letra,
inda mais sólida liga.
Há que esperar do esquecimento
o dente miúdo
e lento roer a nódoa na língua,
o travo no peito.
Por Eucanaã Ferraz, em Desassombro
basta um gesto, sua borracha,
um quase nada de alvaiade,
um rasgo e só.
No entanto, o carvão
de certas palavras,
de alguns nomes,
não se apaga fácil.
Afogá-lo, inútil:
o maralto traz
de volta cada sílaba
em sal fortalecida.
Enterrá-lo? Logo renascerá:
árvore alta, trigo, praga.
No fogo, irrompe a letra,
inda mais sólida liga.
Há que esperar do esquecimento
o dente miúdo
e lento roer a nódoa na língua,
o travo no peito.
Por Eucanaã Ferraz, em Desassombro
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2 comentários:
Nossaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...
Minha orelha direita queimou ao ler esta poesia!!!!
Pq será????????
Amigaaaaaaaaa, que lindo, mas triste...
Beijos, beijos.
Af...
A tristeza é um dos pontos de vista, você tem razão. Mas tb há outros...Depois deliberamos..rs
Beeeeeijo!
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