segunda-feira, 22 de julho de 2013

Essa ferida, meu bem...

Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender...

Trecho de 'O amor bate na aorta', Drummond

2 comentários:

Anônimo disse...

Parou de ler ou não gostou do que leu?...rs

Thai disse...

Correria, mas tenho lido algumas coisas legais, sim. Vou voltar a postar...
;-)