sábado, 13 de julho de 2013
Desexistir
Quando eu desisti
de me matar
já era tarde.
Desexistir
já era um hábito.
Já disparara
a auto-bala:
cobra cega se comendo
como quem cava
a própria vala.
Já me queimara.
Pontes, estradas,
memórias, cartas,
toda saída dinamitada.
Quando eu desisti
não tinha volta.
Passara do ponto,
já não era mais
a hora exata.
Por Frederico Barbosa, em 'Contracorrente'.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário