terça-feira, 12 de maio de 2009

Poema de Álvaro de Campos - fragmento

Depois tudo é cansaço neste mundo subjetivado,
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas,
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas,
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Depois, tenho sido como um mendigo deixado ao relento
Pela indiferença de toda a vila.
[...]
A calma que tinhas, deste-ma, e foi-me inquietação.
Libertaste-me, mas o destino humano é ser escravo.
Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir.

1928

Por Álvaro de Campos em
'Poesia de Álvaro de Campos - Fernando Pessoa'

Um comentário:

Unknown disse...

AAAAAAAAAAiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!

Ufa!

Desabafei!!!!

Isto doeu!