domingo, 29 de novembro de 2009

O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita: -

Ele que doira a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita,


Tanta gente também nos outros Insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!


Por Jorge de Lima

2 comentários:

Thais Alves disse...

Que lindo seu blog...Quanta delicadeza!Sucesso e parabéns!Passei a tarde do sábado com prazer, me deliciando com os escritos!

Thai disse...

Olá, Thais!
Como vc o descobriu? Infelizmente, ando meio sem tempo para postar, mas vou fazendo o que posso.
Obrigada pela visita! Volte sempre!