Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: -
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita,
Tanta gente também nos outros Insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
Por Jorge de Lima
2 comentários:
Que lindo seu blog...Quanta delicadeza!Sucesso e parabéns!Passei a tarde do sábado com prazer, me deliciando com os escritos!
Olá, Thais!
Como vc o descobriu? Infelizmente, ando meio sem tempo para postar, mas vou fazendo o que posso.
Obrigada pela visita! Volte sempre!
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